sábado, 7 de novembro de 2009

EFEITO SAUNA


Mais um pouco de "Sudatorium", a minha peça da sauna. A foto aí de cima foi tirada pelo meu amigo Sugis um pouco antes da apresentação do domingo passado, nas Satyrianas. E eu que achava que só ator fica nervoso antes de entrar em cena - eu, quando atuo, quero que o mundo acabe naqueles cinco minutos anteriores ao início da peça. Percebi que o autor, o dramaturgo, também fica, embora seja uma sensação diferente. Eu estava sentado na escadinha que dá acesso ao palco, vendo o público entrar e só pensava numa coisa: será que eles vão gostar? E não podia fazer mais nada, porque a bola já estava com os atores, agora era com eles. No final, deu tudo certo. Claro, foi uma primeira apresentação. Há muito o que fazer, mexer, criar, corrigir. Mas ficamos, todos, satisfeitos com o resultado. O público, ao que parece, também gostou. Muita gente veio falar comigo depois, dizer o que achou. Outros preferiram escrever. Abaixo, dois comentários interessantes de amigos, que chegaram à minha caixa postal.

"Parabéns pela peça. Levanta questões sobre masculinidade de modo sutil e divertido. Todo mundo elogiou. Abraço!" (Rodrigo Brasil, jornalista e poeta)

"Parabéns pela peça, querido. Adorei! Ela é leve, engraçada, nos faz refletir sobre a responsabilidade pelas nossas escolhas e, de um jeito bem articulado, mostra os aspectos luminosos e sombrios sempre presentes nas relações de amizade. Eu adorei poder adentrar uma sauna cheia de homens (oba! rsrs.) e descobrir que o universo masculino, às vezes tão grotesco na aparência, é também repleto de delicadeza e afetividade. Parabéns! Continue escrevendo. Mande um abraço e os parabéns para o Edu, também. Adorei reencontrar vocês. Beijos." (Majori Claro, escritora)

3 comentários:

Majori Claro disse...

Fico muito feliz em saber que as minhas palavras serviram de espelho e estímulo. São sinceras. Que novos olhares se encantem com o seu talento. Sucesso! Beijo.

Mário Viana disse...

Paulo, eu sempre passo o dia da estréia calmo feito um monge budista. Aí chego no teatro, calmíssimo. Aí chega o primeiro amigo. E eu entro em pânico total. Juro.
ah e o ensaio na véspera... gente, o que é o ensaio da véspera? Inevitavelmente, eu saio do teatro com a nítida sensação que aquela peça não vai despertar o menor interesse, que ninguém vai gostar, que eu devia voltar pra redação, que devia ir pra Dubai ensinar português pra sheik árabe, etc.
Oh vida, oh céus, oh azar.

Paulo Cunha disse...

Majori, querida, suas palavras são sempre um estímulo para mim.

Mario, meu caro, se pudesse, não iria ao ensaio da véspera... Rs... Abração!